quarta-feira, 29 de julho de 2015

Diretor e Roteirista de "Phagein" falam dos processos de criação e produção do curta.

Por Cátia Castilho - 16/07/2015.

Nos dias 13 e 15 de julho de 2015, enquanto todos estavam curtindo suas férias universitárias,  alunos do Curso de Cinema do Campus João Uchôa estavam em produção com o filme "Phagein" que trará para a tela no estilo "Found Footage" um dos gêneros de terror que fazem muito sucesso pelo desenho de um documentários filmado.  As imagens estão lindas e muito bem trabalhadas, seja em relação a iluminação e enquadramento, assinado pelo aluno/diretor de fotografia Lucas Aguiar, como pelos efeitos de maquiagem e caracterização, ou mesmo pela direção de arte da aluna Fernanda Heringer.


Nossos alunos formandos - Daniel Jorge, diretor do curta e Maurício Duarte, roteirista -  responderam algumas perguntas sobre o período de criação até a produção.


Como nasceu o filme e como ele foi produzido?

DJ: O filme nasceu dentro de uma aula na faculdade, especificamente na aula de roteiro da professora Dani Reule em 2013, o roteiro foi reescrito várias vezes e o último tratamento ficou a cargo do Mauricio.

MD: O Daniel pensa como diretor. O roteiro dele deixava bem claro o clima do filme e como seria contada aquela história, mas faltava uma história a ser contada, um tema universal que desse base pra que toda a violência gráfica do filme não fosse gratuita. Com isso feito, o Daniel separou um (senhor) orçamento que fez da produção uma das mais tranquilas que já vi. A escolha dos cabeças de departamento também ajudou, claro.

 
Como foi a escolha do elenco, equipe e das locações?


DJ: A escolha da equipe foi feita a partir de amigos de curso dos quais já conhecíamos o trabalho. Todos se empenharam no projeto e compraram a ideia. A seleção de elenco foi feita da mesma forma, apesar de termos feito teste de elenco, os escolhidos foram pessoas que já conhecíamos e sabíamos que atingiria o nível de atuação desejada para o personagem. Uma locação em específica foi a mais difícil e a mais fácil ao mesmo tempo, o quarto de tortura. Pensei em uma locação bem específica, ficamos dois meses procurando e por fim estava do nosso lado, em um dos laboratórios da faculdade.



O personagem principal do filme, assim como a história são baseados em alguma referência cinematográfica ou literária? Qual ou quais?

DJ: Inicialmente quando tive a ideia de fazer esse filme ele seria filmado como "found-footage", pois sempre quis filmar nesse estilo. Troquei de ideia pois achei que o filme todo filmado desse jeito não funcionaria. Também pesquisei muito sobre deep web e o que acontecia nela. E então, em uma dessas pesquisas li sobre três ucranianos que faziam snuff movies, e um deles se chamava Viktor, que dei o nome para o protagonista do filme.

MD: Deve ser, não sei. Eu não consumo horror. Não me dá medo, nojo, ou qualquer  outra emoção. O Daniel que adora. Meu trabalho no roteiro foi de transformar um filme de horror em algo que eu assistiria. Tem alguma coisa de BDSM. A personalidade do Viktor é construída como uma relação dom/sub dentro de uma persona só, por exemplo.



O filme tem um trabalho muito forte com a maquiagem de  caracterização e a de efeito, como foi trabalhar isso? 

DJ: Foi um desafio, principalmente o tempo de preparo para a aplicação dos efeitos. Conseguimos um pessoal muito bom já com uma bagagem no cinema de terror nacional.

MD: Caro. Muito caro, mas um excelente investimento. Ficaram visualmente impressionantes e foi bom poder desonerar a equipe quanto a desenvolver técnicas que solucionassem tais cenas.



Quantos alunos estão no filme?  Tem algum formado ou formando?


MD: Fora as equipes de maquiagem e efeitos, praticamente toda a equipe é da Estácio. Foram 13 alunos na pré-produção. Destes, dois se formam em julho e cinco em dezembro.



 
Porque utilizar um laboratório da Universidade Estácio de Sá?


DJ: A locação mais importante para o filme, foi uma busca incessante achá-la. Procuramos durante dois meses e tivemos a felicidade de encontrar dentro da faculdade a locação exatamente como foi pensada.

MD: O laboratório que usamos foi uma surpresa. Após dois meses de busca, havíamos nos conformado a usar uma locação já utilizada em outra produção do mesmo gênero, mas encontramos tal sala que batia espacialmente e visualmente com o pretendido pela direção e pela arte, evitando adaptações do espaço, só necessitando do trabalho de cenografia.




O Nucine João Uchôa assina como apoiador cultural do projeto, como foi essa parceria?  O que vocês utilizaram?  Fale também da importância desta troca.

DJ: O apoio do Nucine foi essencial. Não só por fornecer os equipamentos e deixar vago alguns números do orçamento, mas pelo trabalho do Douglas que foi fundamental.

MD: Usamos equipamentos de elétrica e o melhor de tudo: o eletricista. O Douglas é essencial. Quando ele não pode participar do primeiro setup, certeza de atraso na diária.

 
Daniel, finalize nos contando o que o curso de cinema trouxe para você como profissional e como isso foi aplicado na direção do filme "Phagein"?


DJ: O curso de cinema e audiovisual foi de extrema importância para a conclusão do filme. As aulas de direção, roteiro e produção deram uma grande base para a criação de "Phagein", e sem aquela aula de roteiro que foi citada lá em cima esse filme sem dúvida não existiria.


 Algumas fotos de making of do filme no laboratório na nossa unidade João Uchôa - UNESA



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